Com o passar dos anos, é comum que as pessoas queiram se desenvolver em sua carreira profissional. Desse modo, para quem busca formas de crescimento profissional interno ou ainda desenvolver novas lideranças é importante utilizar uma metodologia que possibilite desenvolver habilidades e competências necessárias para alcançar metas específicas de carreira.

Uma das ferramentas que ajudam a alavancar a carreira de um profissional é o Plano de Desenvolvimento Individual, o PDI. Com ele, o colaborador tem clareza sobre como adquirir as habilidades necessárias para crescer em conformidade com os objetivos do negócio ou, em caso de um empreendedor ou profissional autônomo, com suas próprias metas estabelecidas. Mas, afinal, qual o significado de PDI e como faze-lo de forma eficaz? Confira neste artigo!

 

O que é PDI?

O Plano de Desenvolvimento Individual, também conhecido como PDI, é um projeto, que pode ser estabelecido entre duas partes, ou seja, que procura alinhar os interesses da empresa aos anseios do colaborador, ou ainda, conter os interesses apenas de uma única parte, o profissional individual que deseja por si só se desenvolver e estabelece seus próprios objetivos. Em ambas as situações, a finalidade do PDI é auxiliar o alcance de metas de curto e longo prazo, relacionadas tanto à carreira quanto à vida pessoal.

Gosto de dar ao PDI a definição de projeto pois o termo me traz à mente um conceito vindo da área de Gerenciamento de Projetos: “Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Guia PMBOK 1.2.1”.

Ou seja, um projeto é tudo aquilo que precisamos realizar para gerar algo novo: seja uma casa, um sistema informatizado, um estudo/pesquisa, e por que não, um programa de desenvolvimento. Lembre-se que ser “temporário” significa que os projetos devem ter um início e um término definidos; sem ter data definida, os objetivos estipulados podem não ser atingidos nunca, assim não seriam objetivos reais, seriam apenas sonhos.

Ao elaborar um PDI, é possível organizar ideias, desejos, metas e executar estratégias que as viabilizem. Dessa forma, um Plano de Desenvolvimento Individual é capaz de aumentar exponencialmente a motivação, o foco, a produtividade e a energia do indivíduo dentro e fora do ambiente de trabalho.

 

Como elaborar um PDI?

Um PDI bem elaborado pode ajudar a alcançar objetivos profissionais, como melhorar o desempenho, assumir novas responsabilidades, adquirir novas habilidades, tornar-se um líder eficaz, ou até mesmo mudar de carreira. Além disso, pode ajudar a aumentar a autoconfiança, a motivação e a satisfação no trabalho. Vejamos alguns pontos a serem considerados em sua elaboração:

1. Estabeleça Planos e Metas

Comece definindo objetivos a curto, médio e longo prazo. Pense no futuro e liste alguns desafios para os próximos meses ou anos. Procure alinhar os anseios profissionais aos pessoais para que as áreas não entrem em conflito.

Em seguida, defina metas para atingir esses objetivos. Essa é a melhor maneira de alcançar seus propósitos e de concretizar seus planos. Lembre-se: Uma meta sem data é só um sonho.

2. Calcule os custos necessários

Quem almeja o desenvolvimento profissional e pessoal precisa ficar por dentro dos custos necessários para esse crescimento. Tais despesas estão ligadas a:

  • Cursos de aperfeiçoamento;
  • Eventos e seminários de capacitação;
  • Aquisição de livros, de equipamentos ou de ferramentas que poderão ser utilizados durante a jornada para alcançar objetivos.

Ter o conhecimento dos custos de cada ação, tanto relacionadas ao dinheiro quanto ao tempo, evita um desequilíbrio financeiro. Por isso, faça um levantamento de todos os custos necessários para cumprir as metas.

3. Defina um cronograma

Com o intuito de manter o foco e evitar a tentadora procrastinação, estabeleça um cronograma de ações com datas possíveis de realizar.

O ideal é definir prazos e separar tempo para cada ação necessária para atingir determinada meta. Mas é preciso que você seja razoável; nada adianta estipular prazos apertados que não serão cumpridos.

4. Faça uma análise da situação

Quando conhecemos o contexto da empresa, fica mais fácil ter controle sobre o que acontece nela. Por isso, é importante usar uma ferramenta para compreender as forças, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças da organização.

Nesse contexto, o gestor da empresa ou o analista de Recursos Humanos pode conduzir essa análise. No caso autônomos, uma boa autoanálise comportamental pode apontar o que precisa ser melhorado.

5. Avalie pontos fortes e fracos

A base para um PDI eficiente é o mapeamento de competências, assim como a própria análise situacional do tópico anterior pode fornecer subsídios. Assim, busque identificar as competências necessárias para atingir os objetivos.

Essa etapa também é ideal para realizar o mapeamento de perfil comportamental, que ajudará a aprimorar os pontos fortes e corrigir eventuais vulnerabilidades. É um passo essencial para entender o que deverá ser executado a fim de alcançar tudo que se aspira.

O mapeamento comportamental também pode ser utilizado como base da Gestão de Pessoas da organização.

6. Colete feedback de outras pessoas

A opinião de gestores, lideranças, colegas, colaboradores e clientes é sempre bem-vinda para a implementação do PDI. O feedback também serve para validar objetivos e metas, além de aparar arestas.

É importante ainda dar feedbacks aos colaboradores, de forma individual, apontando os resultados colhidos em avaliações de desempenho, por exemplo.

7. Analise a situação atual e parta para a ação

Depois de colocar em prática os passos anteriores, é hora de partir para a ação. Se for preciso, faça adaptações e costure pontas soltas. Implemente o plano estabelecido e adapte o que for necessário, de acordo com a interpretação dos resultados. Lembre-se, um PDI eficaz é aquele que proporciona ao profissional atingir as metas estabelecidas. Isso envolve realizar ações de acompanhamento adequadas durante o período estabelecido.

 

Quais os erros mais comuns cometidos durante o PDI?

Atenção: Traçar metas e desenvolver habilidades não acontece do dia para a noite. Isso porque é preciso enfrentar desafios para priorizar as competências, e uma escolha errada nesta etapa fazem com que muitos PDI não atinjam os resultados pretendidos. Entre os erros mais comuns, podemos citar:

  • Pouco ou nenhum comprometimento do colaborador;
  • Definir metas inatingíveis;
  • Falta de acompanhamento do colaborador/profissional;
  • Desprezar o cumprimento das etapas;
  • Focar apenas nas metas e não planejar a carreira do funcionário.

 

Estando atento a esses pontos, você conseguirá desenvolver um bom Plano de Desenvolvimento Individual. Lembre-se que é importante sempre reconsiderar estas boas práticas e ao perceber uma estagnação em uma tarefa, agir ativamente para que os objetivos sejam alcançados. Com o andar do processo e a evolução do colaborador poderá haver a possibilidade da inclusão de um novo desafio, que deverá incrementar o plano.

 

Como a Merkato pode ajudar:

A Merkato Consultoria auxilia empresas e profissionais na aplicação de PDIs eficazes. Conte conosco para saber mais sobre o PDI e como utilizá-lo na sua empresa para melhorar a produtividade e resultados.

Faustino Júnior – LinkedIn: faustinojunior | Instagram: @admfaustinojunior
Administrador de Empresas, Consultor Sênior na Merkato Consultoria, Auditor Líder ISO 9001/14001/45001/22000, Auditor de Produtos Inmetro, Analista de Perfil Comportamental DISC. Ajuda empresas e profissionais a desenvolver competências e negócios competitivos.

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Faustino Júnior
Autor: Faustino Júnior
Administrador de Empresas pela UEPB, Auditor Líder nas normas ISO 9001/14001/45001/22000, Especialista em Gestão de Processos segundo metodologia BPM. Atua como Consultor Sênior na Merkato e possui mais de 15 anos de experiência em Gestão Empresarial, com projetos realizados para diversas empresas em todo o Brasil.

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